Já era fim de semestre e a maioria das salas pelos corredores fazia eco na escuridão da universidade.
Gabriela era uma estudante habitualmente tímida, sentava-se no fundo da sala, tinha poucos amigos e estava sempre pelos cantos com livros em mãos, geralmente lia dois ou três ao mesmo tempo.
Mas havia alguns movimentos que chamavam sua atenção.

Desconcentrava, nem sabia mais qual era o parágrafo que havia acabado de ler, desistia, ia para a sala de aulas sem se conformar como uma presença podia lhe atormentar tanto.
Naquela noite, Gabriela estava decidida a colocar em pratica a fantasia que a voz estranhamente distinta em meio a mil, lhe trazia a mente durante todos os dias de sua presença.
Sentou numa escada e começou a ler casualmente, mas estava tensa, porque não tinha certeza se o dono da voz passaria por lá, mas depois de alguns minutos, veio a voz, as palpitações e a pessoa, num súbito se levantou, sem dizer uma palavra arrastou-o para a primeira sala do corredor e....
Marlene Borges
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