sábado, 30 de julho de 2011

Outra versão

coco de roda na dança clássica

Ô Amaro, Ô Amaro....Coco de amor!


A Mulher de Mané Amaro

Cascabulho


A mulher de mané amaro mora no alto do bode
Deixou de dançar pagode por isso mesmo deixou
Tomaro o meu amor e deixaro eu no desamparo A mulher de mané amaro mariano carregou
Ô amaro , ô amaro

Ele era um cabra fraco quando a polícia chegou
Deu-lhe uma pisa de facão mais com 3 dias de
Prisão pra ele não iludir a mulher do outro morador
Ô amaro, ô amaro

Um homem claro casou-se com dona clara
Dona clara teve um filho preto da cor de carvão
Mas ela disse que o culpado era o marido que na Hora do nascido apagaro o lampião
Ô amaro, ô amaro

Os cabelos do meu bem
Do lado que eu passo a mão
Dá um cacho soberano Que amarrou meu coração

A mulher de mané amaro morava no alto do bode
Deixou de dançar pagode por isso mesmo deixou
Tomaro o meu amor e deixaro eu no desamparo A mulher de mané amaro mariano carregou
Ô amaro, ô amaro, menina se queres vamos

Eu vou te passar no rio
Do lado que eu te passar
Não sente calor nem frio

Ele era um cabra fraco quando a polícia chegou
Deu-lhe uma pisa de facão mais com 3 dias de
Prisão pra ele não iludir a mulher do outro morador
Ô amaro, ô amaro

Lá detrás de minha casa
Tem um pé de aleluia
Eu beijei a minha moça Outro viu bateu na cuia

Um homem claro casou-se com dona clara
Dona clara teve um filho preto da cor de carvão
Mas ela disse que o culpado era o marido que na Hora do nascido apagaro o lampião

Passarinho preso num canta
Preso deve de cantar
Que eu fui preso sem culpa E cantei pra aliviar

sexta-feira, 29 de julho de 2011


Bom fim de semana!
A vida tem sons que pra gente ouvir
tem que aprender a começar de novo!



sábado, 23 de julho de 2011

Histórias, somente histórias.


Quem se aproximasse daquele casal pensaria sempre na perfeição, na ternura incorporada  neles, eram perfeitos, bonitos, jovens e bem sucedidos social e profissionalmente.
Foram morar algum tempo atrás no sitio da família dele por desejarem se afastar dos centros urbanos e por ela sofrer com a poluição, e apesar das distancias, perceberam que valia a pena sair mais cedo de casa pela qualidade de vida que se anunciava.
No sitio havia uma paisagem paradisíaca, pássaros, arvore frutíferas, fontes de água fresquinhas, onde era até possível ver algumas carpas coloridas e outros peixes ornamentais. A casa era confortável, grande e arejada. Perfeito, diziam a cada passo que davam.
Como disse eram jovens, ela era dessas mulheres que chamam atenção até de shorts, chinelos e com o cabelo preso desajeitado.
 No domingo saíam.  Ele sempre queria mostrar-lhe algo, mas não havia muito a se conhecer naquela cidadezinha, somente uma praça, uma igreja no centro, uma figueira centenária onde a prefeitura  construiu um monumento meio folclórico que dizia que a vida na cidade começou a partir daquela árvore, e a sorveteria que foi eleita o ponto de encontro preferido dos mais jovens. Às vezes ela ia sozinha lá, sentava-se e tomava um sorvete muito lentamente. Mas quem se derretia eram os olhares que testemunhavam a cena.
Ela se divertia com os olhares, e fazia de propósito, queria mais chamar atenção e aproveitava os seus 5minutos de fama que movimentavam a serenidade do lugar onde as horas eram estáticas.
Até que encontrou o que procurava...
Seu marido distante, trabalhando tanto, sentia uma melancolia profunda naquela casa grande e vazia.
Então ele chegou, escreveu alguns versos num guardanapo de papel e a entregou, ela gelou, empalideceu, calou-se sem nenhuma ação.
Os versos:

Vi o meu sentido confundido, iluminado
Vi o sol enluarar, quando viu você 
Vi a tarde inteira, a Sexta-feira, o feriado 
Esperando o amor chegar e trazer você Você chegou querendo
Tudo que o tempo não te deu
E que levou de você; Sem saber que você já sou eu 
Agora não entendo 
O meu relógio o amor tirou 
Mas sei que o meu coração
Tá batendo mais forte  
 Porque você chegou




Esforçou-se durante muito tempo por mudar de vida. Finalmente percebeu que lhe bastava vivê-la.
Marlene Borges.

inspirado em  micro contos  @microcontos
http://microcontos.com.br/ e na poesia de Vander Lee "Iluminado"

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Tava pensando em um texto sobre saudades 


de amigos


Mas outros fizeram melhor que eu!

sábado, 16 de julho de 2011

testemunha brasileirada de uma Inundação idealizada....


Essa é  uma história errada. Todos que leram disseram isso e aposto que quando lerem também pensaram que podia ser diferente...
 J era um homem muito eloqüente, sua presença convencia sempre, era um lorde, um gentleman. Raro homem brasileiro nasceu pobre e critico, sempre via algo errado nas falas dos políticos, dos intelectuais que insistiam que toda a nossa miséria intelectual, social, cultural era fruto da pobreza dos pobres que não se esforçavam pra ter, mas ter o que não se conhece? Como?
J não se conformava.
Sinto muito em não descrever sua face, não a vi, soube através de uma rede social sua  curta historia de vida e vitoria.
Ele, por não se conformar por ser culpado por ser pobre foi à universidade e pediu uma bolsa, conseguiu e estudou ciências sociais, se sentiu pleno, as respostas que procurou em sua infância e  na inquietude da adolescência  pareciam se desvelar, desejou continuar e devorar cada autor, cada conceito, seus textos eram sempre comentados pelos professores como critico, visionário.
Como disse era de origem pobre e para manter-se no curso começou a prestar serviços na própria universidade. Assim J conheceu mais, se agigantou a olhos nus. Aos 23 anos se formou e foi convidado a fazer um curso de especialização  em Londres, hesitou, mas outra bolsa de estudos como essa sabia que não teria condições de bancar, embarcou cheio de esperança para o velho mundo, o berço do socialismo e do capitalismo, o cenário das  grandes lutas sociais dos últimos séculos...
Ao chegar se instalou numa republica   e ouviu que a cidade seria inundada, e que a população emudeceria, depois dessa inundação Londres seria mais uma vez cenário histórico. J enlouqueceu por imaginar que se  tratava de uma revolução e ele seria testemunha ocular em tempo real.
Enquanto essas idéias  ecoavam em sua mente, lia e se preparava para o curso que começaria logo, mas  ouvia um sons vindo do prédio visinho,  era uma agitação que o fazia perder a concentração.
Depois de três noites ouvindo esses ruídos incômodos, resolveu, por curiosidade, investigar de onde vinha aquele barulho, afinal em um lugar onde todos são considerados tão finos e cordiais um barulho que perturbava a leitura de um estudante não lhe parecia  nem cordial e nem fino.
Tocou o interfone no meio da noite fria, o fog de Londres  era arrepiante, então uma voz frágil atendeu com muita calma, J se esforçou em seu inglês pra perguntar se estava tudo bem, a mulher disse que sim e quis saber se podia ajudá-lo em algo. Ele agradeceu, pediu desculpas pelo incomodo e se despediu.   
A velhinha desligou o interfone:
 "Merda! Reclamaram do barulho. E agora, como vou terminar de desmembrar esse corpo?"
J nunca viu a enchente que calaria as vozes gerais londrinas. Estudou, encontrou boa parte das respostas sociais  que procurava, se encantou por uma inglesinha e se casou. Ano passado voltou ao Brasil, só uma pergunta nunca foi respondida! 


Marlene Borges
inspirado em : "curta, contos curtos, http://curtaconto.vilabol.uol.com.br "

sexta-feira, 15 de julho de 2011

É sexta de novo, e a inspiração do dia veio do coco de roda

Margareth Menezes jogou o verso de coco na ciranda de roda  que balança, e no movimento da dança ela  fez a sexta rodá! De olho no desafio, olha o ritmo....

Coco do M 
(Zé do Brejo e Jacinto Silva)

(REFRÃO)
Mané mandou
Maria, Matheu
E Murilo mandou o meu
martelo e meia má
Quando canto esse côco
A minha língua treme
Quem fizer outro côco em M
Eu
amarro e mando matar

Eu sou um matuto moço
Morou no mato é madeira
Mandioca, manipuêra
Marco modo de mudar
Mandei Matias
amarrar mói de marmeleiro Malaquia.
Marinheiro, mangueiro e maracujá.

(REFRÃO)


Mulher maldosa, Madalena, macumbeba,
maniçoba, manipepa, manguito, mero e mangar
Melão maduro, morcego, mosqueiro e muro
Mofino, medo e monturo, mamoeiro e miramar

(REFRÃO)

Mestre Matoso, morador Mendes Medeiro
morava em Monteiro de milho mole, munguzá
malicioso, mungangueto e macumbeiro 
Esse meu côco é maneiro mas é ruim de se cantar.

(REFRÃO)


quinta-feira, 14 de julho de 2011

A procura de um bom tema pra voltar a escrever....

Rita Lee trás uma boa reflexão a respeito de um assunto que interessa desde intelectuais a plebeus de todas as raças, religiões e desejos! Hummmmmmmmmmm......