sexta-feira, 20 de maio de 2011

As loucuras de um tesão viajante...de São Thomé da letras para casa!

Alguns amigos, não importa a situação, sempre tem uma historia extraordinária para animar seja no bar acompanhado por uma breja enfeitando a mesa numa sexta a noite, seja nos corredores da facul, seja na sala de aula.
Enfim, essas figuras são imprescindíveis para as noites ficarem perfeitas e inesquecíveis, tão inesquecíveis que vou tentar retratar mais uma historia louca do meu querido amigo Regis, aquele apaixonado por Paranapiacaba, e que faz todo mundo se apaixonar por aquele lugar.
Mas Regis não vai só pra Paraná. Dessa vez ele recebeu um recado que deveria arrumar as malas porque um de seus maiores amigos passaria a noite e o levaria para uma viagem, a pergunta era inevitável: Pra onde? Não sei, só to repassando o recado. Foi assim que Regis embarcou para uma das maiores aventuras de sua vida.
Como ele costuma dizer, “A treta” ainda nem tinha começado....
Ao sair de casa sem rumo, lenço ou documento, encontra sua namorada, alias, hoje em dia chamaríamos de ficante que, vendo a mochila em suas costas enlouquece e falou a frase mais perigosa de um relacionamento: ou a viagem ou eu?
A resposta de Regis? Até hoje tem uma menina sentada a meio fio chorando arrependida por ter perguntado isso!
Encontrou seu amigo e seguiram para São Thomé da Letras, passaram dois dias numa barraca que se desmantelou com o vento forte característico da região, e depois encontraram uma caverna, chamaram de mocó, e pronto foram curtir o rock, rege, MPB, os back’s, bebidas e tudo que uma viagem louca pode proporcionar. Até que um belo dia, o pouco dinheiro que tinham, os mantimentos que levaram, as frutas das fazendas vizinhas, a padaria que dava pão duro, acabou....E agora? Como estavam com a galera do rock, não queriam sair daquela curtição, então o jeito era se virar por ali mesmo. Aprenderam a fazer brincos, pulseiras de arame, expor nas praças, ganhar dinheiro, a olhar com mais cuidado para a professora de bijuterias, a se aproximar cada vez mais, chamou a moça para acompanhar num vinho numa noite fria, depois levou-a para o mocó, até que depois de quatro meses casou com ela.
É com meu amigo é assim, não tem meio termo, ele foi pra São Thomé das Letras para curtir um rock e um back maneiro, aprendeu e se apaixonou pelo artesanato de bijuterias e pela professora de artesanato levou a muié pra casa, teve três filhos com ela, e ainda viveu dez anos. Dias desses se separou, se casou de novo, teve mais um filho....Mais isso é outra historia para a próxima sexta quem sabe.

Marlene Borges