Sai sábado a noite destinada a assistir a Virada Cultural 2011 em Sampa desvairada, alucinada que amanhece trabalhando. Fui para a região central, e lá chegando assiti a um som de guitarras e baterias, mais baterias que guitarra, eles estavam reproduzindo o maracatu do nordeste brasileiro, mas tava todo mundo tão arrumadinho! Era uma mistura de orquestra sinfônica, MPB, afoxé, maracatu, rock, só que com todos vestidos e sentados como na orquestra...Tava bonito o som.
Depois assisti um espetáculo a moda de Sampa, na Praça da Republica Black, na Barão de Itapetininga Teatro de rua, no Teatro Municipal grafite, na Praça Patriarca uma surpresa maravilhosa, um senhor bem simples pediu o microfone, o pessoal que preparava um som eletronico ficou meio desconfiado mas deu o aparelho pro homem, ele pediu uma batida tal, e começou no emproviso mesmo a cantar um coco de embolada maravilhoso, ele cantava tão entusiasmado que ninguém o impediu, até os tecnicos de som pararam de trabalhar só pra ver a performace do homem. Depois de terminado seu show, ele agradeceu e sumiu do mesmo jeito como apareceu, do nada.
Nas ruas o povo deu o tom da festa, tinha gente de todas as tribos, já no metro vi algumas meninas vestidas a la Michael Jackson, foi hilário, até a pele branca de maquiagem elas tinham, o que mais me interessou foram os dialetos, eram paulistanas, mas falavam uma lingua que precisava de um dicionário em algumas palavras.
Ao passar pelas praças, vi os hip's vendendo bijoux, vi os desenhos em quadrinho encorporando em uns meninos japoneses, a galera do rock curtindo seus suveniers macabros expostos no tecidos pretos em barracas a luz de velas, vi a galera Beatles curtindo o som de uma banda colver.
Tinha gente fantasiada, tinha os malucos que conheci em Paranapiacaba, tinha minha amiga que disse outro dia que o melhor da virada cultural não eram os Shows, que eles eram só pretesto pra a maior reunião de malucos belezas do planeta ....
Minha amiga tinha razão!
Marlene Borges