terça-feira, 12 de abril de 2011

As loucuras de um menino que veio do espaço sideral

Era vez um menino, como    tantos    outros, com   a    diferença   que   ele   era amigo do meu amigo que veio com ele do norte, que o acolheu em sua casa até que as coisas se arrumassem em terras novas.
Não preciso dizer que  é generoso, já disse que é boêmio,   gosta  de poesias, crônicas, de estar em meio a pessoas interessantes, é um  observador  em meio  ao seu objeto  de  observação, gente.  Gente  é  seu  foco, sempre  enquanto   conversa,  analisa  as   pessoas, quer  saber mais se acha interessante, e quando acompanha mais de perto seu  observado  e  percebe uma evolução, pequena que seja, elogia.
Elogios não são soltos pra ele, precisam ter razão, motivação, evolução para merecê-lo, às vezes quando acha graça em alguma coisa, ri meio de lado, não tem riso largo, às vezes se solta, e ri com alguns, mais é pouco, depois se coloca de novo no seu lugar de observador.
Contesta sempre quando ouve um absurdo social, massacres, pessoas sem fé, enfim, acredita que a indignação é a única força que nos cabe diante de tantos absurdos, e que achar normal é se envolver no sistema, ele não aceita...
Ele ensina, o mais admirável, é que ensina não só com o que fala, e fala bastante,  ensina também com gestos, simplesmente por estar em meio aos seus, por amar intensamente e reconhecer em quem se aproxima a paixão que se trás implícita nos gostos, nos escritos e subscritos e subentendidos, nas energias que as pessoas emanam, e dá espaço para que as pessoas se descubram, e que encontrem seus caminhos, que aprendam a escrever e expressar todos os sentidos, as analises, todas as emoções, entende as pessoas como emocionais, como  racionais, como passiveis de plena evolução, tem fé nas pessoas, tem fé na vida, as vezes se diz cético, mas é só pra dizer que duvida, não que não acredita, como cientista que é , cientista de gente, precisa de provas, de argumentos, de bons argumentos, não acredita só porque disseram que é, é porque?
É pessoa bonita, vaidosa, e gosta de ouvir isso. É dedicado ao que faz, quase chato nos detalhes, deseja a perfeição, ou o que se aproxime dela.
Se houver uma palavra para descrevê-lo, essa palavra é Humano.
Nem sempre se entende o que se passa em sua mente, ele não fala, ou fala pouco a esse respeito, fala talvez para alguns, os que considera seus. Mas sempre tem um bom assunto, uma boa piada, e um exemplo claro para convencer de seus argumentos.
Obrigada menino que veio do espaço sideral, esse post é para que nem eu e nem  ninguém esqueça que loucura maravilhosa é conhecer você !

                     
Marlene Borges