terça-feira, 3 de maio de 2011

As loucuras de um tesão viajante...de Paranapiacaba para o mundo!

 Já escrevi que em  "PARANÁ" agente "CIACABA".
Esse lugar tem qualquer misticismo que faz agente viajar, tem sempre um maluco por perto com um violão, tem um boteco a cada esquina, ou para quem conhece a paisagem de Paranapiacaba a cada ladeira, e tem uma neblina mágica.
Regis que é freqüentador assíduo desse ambiente me contou essa historia ácida de idas e voltas loucas da vida e pra ficar mais apimentada nos ares de Paraná, como é diminuta e carinhosamente apelidada a velha cidade.
Num momento adolescente, Regis encontrou uma dessas pessoas com luz absoluta, ela era linda e sabia que era, sabia também encantar a todos que se aproximassem , aprendeu a fazer bijuterias artesanais com toda destreza, tocava violão de maneira a deixar as sereias encantadeiras totalmente de queixo caído, se vestia, se perfumava com maestria, delicadeza e tinha o sorriso mais aberto e livre que nem a pintura mais detalhada poderia descrever ou inventar. Regis, que tem lá seus encantos, magias e superstições próprias, preferiu se afastar e observar de longe  essa figura tão emblemática, acreditando que de longe chamaria atenção dela ficou como se costuma dizer “na sua”.
Feitiço de encantamento aceito e apreciado, ela se aproximou. E os dois se embrenharam aventura a dentro para as cidades que  conheciam, foram pra São Tomé da Letras, outro lugar místico, lá as pedras foram testemunhas dos seus desejos, o vento  e o sol produziam e secavam sua  transpiração, esgotava e revigorava sua energia. Assim passaram quinze dias sem nem verem as horas passar. Até que ela recebe um telefonema, era o homem dela, um ex qualquer coisa que se achava no direito de chegar e ainda tomá-la pra si, Regis que é absolutamente despachado, apesar de estar gostando daqueles momentos  avassaladores disse “Sem problema” to de saída,  vê se me erra!
Foi para São Bento Abade, montou acampamento e  dois dias depois a muié foi atrás dele, deu um perdido por lá, saiu destinado a Caxambu e ao chegar se instalou e até pensou em trabalhar por lá, fumou um back e aí a vontade  passou, depois de três dias a muié tava lá,  ficaram finalmente pela ultima vez  e voltaram pra São Paulo pra retomar a vida.
Hoje, dez anos depois dessa historia louca de tezão viajante, Regis, trabalha,estuda, tem família, filhos e tal, a única coisa que lhe acompanhou da adolescência foi um back de vez em quando pra aliviar a tensão, ele soube que a maluca iluminada se enrolou na vida,  nunca casou, foi presa por algum tempo, e reapareceu em Paraná a algum tempo atrás, já sem brilho.
Porem ainda tem uma saia justa magistral nessa historia pra contar, o homem que foi atrás daquela muié e causou todo aquele transtorno, apareceu do nada no boteco de Paraná, e ainda se apresentou todo agradecido pro meu amigo dizendo que ele o livrou de uma boa encrenca tirando aquela muié de sua vida. Meu amigo esculhambou esse doido, alguns que estavam lá acharam muita graça da patifaria, ele ganhou a noite, a piada e eu  uma boa historia pra colocar no blog da balada de loucos.
Inté....
Marlene Borges