terça-feira, 24 de maio de 2011

Na balada da Pri......


Já descrevi Priscila aqui, ela é casada, jovem, bonita, trabalha, estuda com meu amigo, e depois do encontro dele com Lyria, ficou sem companhia para a balada, já que seu marido não gosta de sair.
Priscila é uma mulher inquieta, não se conforma com injustiças, com discursos sistemáticos de que tudo está bem quando vê e vivência com o que não está, sempre que pode, na escola onde leciona promove um evento, uma palestra, para provocar a reflexão em seus alunos, e sempre diz que só nos humanizando seremos capazes de lutar contra o sistema opressor.
Mas ela também tinha vida social, pessoal, familiar, foi mãe ainda muito jovem, sempre que pode sai com eles e se orgulhava quando perguntam se são seus irmão...
Como toda mulher articulada, sabe aproveitar cada oportunidade, enxerga as oportunidades nos detalhes, é delicada, discreta e quando quer, vive suas aventuras sem se arriscar.
Semana passada, depois de muito tempo que não passava por aqui, resolveu trazer tequila, limão e uma boa história pra contar.
Na terça, saiu sozinha mesmo, estava cansada, desligou o celular depois do trabalho, queria apenas tomar um drink e relaxar um pouco em silencio, dirigiu até encontrar um bar com um jeito country, boa musica e aberto as quatro da tarde, se acomodou e pediu um Martini, enquanto esperava voltou os olhos pra rua e pode observar alguns carros parando em frente ao bar, percebeu uma oportunidade.
Era uma equipe de vendedores externos chegando para uma reunião e entre eles o amigo de Leo, aquele poeta, boêmio, ele a reconheceu no mesmo momento, sorriu, piscou, e se concentrou na reunião, quando terminou se despediu dos colegas de trabalho, desligou o celular, folgou a gravata, e sem nenhuma cerimônia recomeçaram aquele ultimo encontro de onde pararam, uma bebida, uma caminhada, ela se sentia de novo cortejada, seduzida, totalmente mulher e sensual, ele parecia ler seus pensamentos, prolongaram o resto da tarde, entraram pela noite e ela pensou que não queria voltar pra vida, queria continuar lá, viajando no sonho daqueles braços, deliciando-se com seus desejos, ora delicadamente carinhoso, ora absolutamente animalesco, completo.
Mas precisava voltar e continuar a viver, afinal, pensou amava tudo que construiu, só precisava de um alivio de vez em quando....

Marlene Borges